A gordofobia, também conhecida como lipofobia está presente na rotina das pessoas com corpos que não são considerados magros por meio de piadas, vigilância constante daquilo que comem e até ‘conselhos’ disfarçados de preocupação com a saúde.
Geralmente, tais atitudes são formas veladas de preconceito contra quem está fora do padrão difundido pela mídia, que associa beleza à magreza. Essa pressão estética impacta diretamente na autoestima e também serve de matéria-prima para outros estereótipos sociais. Pessoas gordas são frequentemente rotuladas como preguiçosas, desleixadas e com pouco controle sobre seus corpos, fazendo com que vivenciam sentimentos de repulsa, culpa, vergonha e medo.
Para ajudar no combate à gordofobia, confira 7 comportamentos que devem ser evitados.
Não fiscalize o que a pessoa gorda come
Evite julgar as escolhas alimentares de qualquer pessoa. Cada indivíduo tem o direito à autonomia para decidir o que considera melhor para si. Além disso, há pessoas com biotipos e metabolismos diversos, incluindo aquelas que comem pouco e possuem excesso de peso.
Não use “gordo” como xingamento
O termo “gordo” refere-se simplesmente a um tipo de corpo. Quando utilizado como adjetivo, não implica julgamento moral, não determina falhas de caráter e não tem conotação pejorativa.
Evite expressões gordofóbicas
A linguagem é uma ferramenta importante para combater a gordofobia: ela influencia a percepção social, molda atitudes e pode combater estereótipos. Assim, risque do seu vocabulário termos como “gordice”, “cabeça de gordo”, entre outros.
Ser gordo não é sinônimo de doença
Associar automaticamente a pessoa gorda a problemas de saúde é outra face da gordofobia. Assim como ser magro não é garantia de saúde – há pessoas magras com triglicérides alto, por exemplo – ser gordo não significa, automaticamente, estar doente.
Magreza não é sinônimo de beleza
A pressão midiática que associa a beleza à magreza pode causar distúrbios alimentares, depressão e levar pessoas gordas a tentarem emagrecer de forma pouco saudável. Comentários como “você é tão linda de rosto, porque não emagrece?” contribuem para perpetuar esse padrão prejudicial.
Não associe ser gordo à preguiça ou fracasso
As qualidades e desafios de uma pessoa não podem ser reduzidos ao seu peso. Fatores internos e externos podem afetar pessoas magras e gordas da mesma forma em questões como preguiça ou fracasso.
Não use a característica física para identificar uma pessoa
Referir-se a alguém como “aquele gordinho”, especialmente pelo uso do diminutivo, inferioriza e visa diminuir a pessoa gorda, reduzindo-a ao seu tipo de corpo.
Com Escola de Governo e Gestão de Niterói e Núcleo de Investigações Feministas (Ninfeias)
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